Nasceu em Maragogí (AL) em 06 de abril de 1932. Filho de Jocelina Brandão e Silva e de José Antonio da Silva. Refere ter tido uma origem humilde de interior do Estado de Alagoas e que seu pai conquistou a Patente de Tenente-Coronel da Polícia Militar do Estado de Alagoas.
Realizou o curso primário no Grupo Escolar D.Pedro II, o ginasial e o científico no Liceu Alagoano, e o curso técnico de contabilidade na Escola Técnica de Comércio, todos em Maceió (AL). Tornou-se ainda, em 1952, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro através do curso de preparação do Núcleo de Preparação de Oficiais da Reserva do 20º Batalhão de Caçadores (Maceió - AL).
Veio para Niterói (RJ) aos 20 anos de idade com a missão paterna de acompanhar sua irmã Dijorah de 21 anos de idade que vinha para o Curso de Enfermagem, e retornaria a Maceió. Tendo iniciado seu Curso Médico na Faculdade de Medicina de Alagoas continuou na Faculdade Fluminense de Medicina, colando grau em 1957. Em 1958, casou-se com Maria Celina de Azevedo Machado. Permaneceu em Niterói e criou raízes, estando casado com Maria Celina Machado Brandão há 58 anos, tendo 5 filhos (Marcelo - engenheiro; Paulo de Tarso - Juiz do Trabalho; Marco Brandão - Médico Ginecologista; Maria Inez Brandão Paes - do lar, casada com Engenheiro da Petrobrás; Flávio Brandão - Médico Ginecologista) e 19 netos. O tamanho da família prova que Dr. Dernival da Silva Brandão é o patriarca de uma Grande Família e faz jus a uma expressão dita por sua mulher que "a marca do Dernival é de defender a vida". Expressão que bem define toda sua conduta, tanto no âmbito familiar como no profissional.
Desde o início de sua formação profissional, direcionou-se para compreensão da Ética Médica e também da prática cirúrgica. Estagiou no Serviço de Cirurgia de Mulheres do Prof. Dr. Almir Guimarães em 1955; depois com o Prof. Dr. Altamiro Vianna em 1956 na Ginecologia, e a partir de 1957 com Dr. Alberto Gemal na Obstetrícia. Buscou se especializar em Medicina do Trabalho na Escola Médica de Pós-Graduação da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro do Prof. Dr. Zey Bueno, em 1962. Porém, onde mais se identificou foi com o trabalho clínico, especialmente quanto as questões da esterilidade conjugal. Hoje em dia, recebe convites de diversos seguimentos da comunidade, seja de entidades civis em geral, seja de entidades médicas. Inclusive, em 11/05/2000, proferiu a Palestra Genoma Humano na OAB - Niterói. Mas 31 anos antes dessa data, em 1969, havia dado aula sobre Aspecto Médico - Biológico do Casamento no Curso de Preparação para o Casamento (SESI - Niterói). Uma série de outros trabalhos e apresentações, como em 1979 que integrou a Comissão Especial para Estabelecimento de Normas para Identificação e Controle dos Riscos Reprodutivos, Obstétrico e da Infertilidade no Programa de Saúde Materno - Infantil. Ministrou aula sobre Diagnóstico da Ovulação - Anovulação Iatrogênica no Hospital de Ipanema em 1980. Em 1981 proferiu Conferência sobre Planejamento Familiar pelos Métodos Naturais na Sociedade Médica de Petrópolis. Participou da Mesa Redonda sobre Alguns Aspectos em relação à Nutriz, proferindo o tema Anticoncepção no Aleitamento Materno - Metodo Billings na Sociedade de Pediatria do Rio de Janeiro e Secretaria Municipal de Saúde de Niterói em 1985. Conferencista do tema Integridade na Transmissão da Vida na Jornada sobre Sexualidade Humana promovida pela Universidade Católica de Petrópolis em 1988. Painelista com o tema Técnicas Biomédicas e Ética Médica no VI Congresso Internacional de A Nova Embriologia e seu Exame Filosófico-Teológico em 1991. Palestra sobre Aspectos Éticos da Fertilidade Assistida na Jornada Carioca de Reprodução Humana no Hospital da Lagoa em 1992. Tantas outras atividades similares como as Conferências pronunciadas no I Simpósio de Bioética dos temas acerca de Paternidade Responsável e Início da Vida Humana realizado na Cidade de Belém (PA) em 1993; e, a que foi publicada na Revista de Medicina CREMERJ em junho de 1972: Considerações sobre a Lei Natural e a Ética Médica. Enfim, possui um currículo eminentemente voltado a defender a vida.
É Co-Autor do Livro Aborto - O Direito do Nascituro à Vida laureado com o Prêmio Genival Londres da Academia Nacional de Medicina, publicado em 1982. Também Co-Autor do Livro Direitos Humanos com o trabalho O Embrião Humano - O Direito à Vida em 1998. Além da própria Monografia apresentada para admissão à Academia Fluminense de Medicina intitulada Procriação e Esterilidade Conjugal - Uma análise ético-existencial em 1997.
Organizou em parceria com a Psicóloga Maria Inês Guimarães a I Jornada Fluminense de Logoterapia - A terapia pelo Sentido da Vida, em 1985. Tornou-se fascinado pelas idéias de Viktor Emil Frankl que possui uma extensa obra científica de cunho psicológico e fundador da 3ª Escola de psicoterapia de Viena, conforme referência do próprio dr. Dernival da Silva Brandão. Ainda participou do I Encontro Brasileiro de Logoterapia - O Sentido da Vida, na Cidade de São Paulo, em 1986.
Paralelamente às suas atividades profissionais e científicas, ocupou cargos e funções institucionais, e entre outros , o de Presidente da Sociedade Fluminense de Ginecologia e Obstetrícia; de Conselheiro do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro; de Presidente da Comissão de Ética Médica do PAM - Araribóia; de Chefe do Setor de Esterilidade Conjugal do ex-INAMPS - Niterói; de Membro Titular da Academia Fluminense de Medicina em 1997; de Diretor da Federação das Academias Brasileiras de Medicina.
No ano de 2004, o Dr. Dernival da Silva Brandão completou 72 anos de idade e 47 anos de Médico em pleno vigor intelectual, pessoal e, sobretudo, atuante em sua prática clínica. Daí tem direcionado sua atenção profissional a redesenhar as questões oriundas de impasses de clonagem humana que aparecem a cada dia. Também sem abandonar seus conhecimentos científicos na área da Logoterapia, vive no convívio do lar. É colaborador do livro "Em cantos guardados" editado pela Academia Fluminense de Medicina e coordenado pelo Acad. Luiz Augusto de Freitas Pinheiro.