Waldemar Bianchi




Waldemar Bianchi

Especialidade:

Acadêmico Patrono

Cadeira: 71

Patrono: destinado a Seção de Medicina Clínica


Mini currículo:

 
☆ 12/05/1916       ✞ 05/05/1998
 
Faleceu em 05 de maio de 1998 na cidade de Araruama, RJ. É patrono da cadeira 40 da Academia Sergipana de Medicina. Foi Presidente da Academia Fluminense de Medicina - AFM (1988-1990), atual Academia de Medicina do Estado do Rio de Janeiro - ACAMERJ. 

Relação dos Presidentes da Academia de Medicina do Estado do Rio de Janeiro-ACAMERJ por ordem cronológica: Carlos Tortelly Rodrigues da Costa, Roched Abid Seba, Octávio Lemgruber, Antonio Jorge Abunahman, Altamiro Vianna, Mario Duarte Monteiro, Antonio Carlos de Souza Gomes Galvão, Germano Brasiliense Bretz, Giuseppe Mauro, Paulo Dias da Costa, Waldenir de Bragança, Waldemar Bianchi, Guilherme Eurico Bastos da Cunha, José Hermínio Guasti, Alcir Vicente Visela Chácar e Renato Nahoum Curi. Obs: Apenas José Hermínio Guasti e Alcir Vicente Visela Chácar tiveram mais de um mandato.

Waldemar Bianchi foi, indiscutivelmente, a figura mais importante para acriação da Sociedade Brasileira de Reumatologia. Sua tenacidade, sua luta, seu ideal,transmitiram uma força que se alastrou e contaminou um grupo de médicos brasileiros,das mais variadas origens, na direção da fundação de nossa Sociedade.

Waldemar Bianchi passou a interessar-se pela Reumatologia em 1943, razão porque foi, com bolsa de estudos, para a Clínica Mayo, tendo estado com Philip Hench,introdutor da cortisona e Prêmio Nobel de Medicina, e Frank Krusen. Posteriormente,foi para Boston, estagiando no "Massachusets General Hospital" com o brilhante WalterBauer. Além do mais, esteve em Filadélfia com Richard T. Smyth e em Nova York comRichard Freyberg, figuras exponenciais da Reumatologia.

Depois desse proveitoso aprendizado, Waldemar Bianchi regressou, em 1947,ao Brasil, começando a clinicar e a alimentar o sonho de agrupar médicos interessados na Reumatologia.

Fonte: "Breve História da Reumatologia Brasileira" - Prof. Hilton Seda
 

"Uma publicação que pudesse divulgar a produção científica dos reumatologistas brasileiros" - assim foi concebida em 1957 a Revista Brasileira de Reumatologia (RBR), órgão oficial da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), cuja diretoria eleita tinha como presidente Waldemar Bianchi e secretário-geral Hilton Seda. Seria de se dizer que são muitos os 60 anos de competente cumprimento do designado plano, que revela um início tão distante que nem sequer se vislumbrava o nascimento dos que compõem seu atual núcleo editorial. Por outro lado, que intervalo curto entre setembros que abrigam este e o primeiro editorial escrito por Ayrthon Ferreira da Costa, que discutia a importância do periódico para o desenvolvimento da reumatologia no Brasil.

Foram décadas de dedicação da SBR para garantir o alcance de metas e a disponibilidade intrépida de perceber desafios ao amadurecimento da revista. É mais de perto que se pode observar a beleza da RBR e por isso montamos nosso álbum e recontamos nossa história. Façamos um paralelo com um artigo de grande impacto,referente a um reconhecido estudo, publicado em uma ilustre revista há 100 anos. Hoje a revisão por pares provavelmente não o aprovaria em sua fragilidade metodológica e falta de enquadramento em um guia de reporte científico. Contudo, sem sua presença histórica seguida pela evolução de demandas e modelos não se teria chegado aonde estamos. Por isso não é apenas uma reverência formal aos abnegados construtores deste periódico, mas é estudo para planejamento que incorpora as vigentes práticas de editoração científica neste cenário acelerado, globalizado e informatizado.

Mas retornando-se às origens da RBR, e, digamos, à moldagem de seu caráter,seu primeiro número incluía os artigos "Estudo clínico da osteoartrite da coluna vertebral", de Pedro Nava; "Reumatismo alérgico", de Waldemar Bianchi; e"Hidrocortisona intra-articular em reumatologia", de Waldemar Wettreich e Ideal Peres.Eles revelaram que a informação para clínicos faria parte de sua natureza. Foram dois números no primeiro ano (volume 1), quatro em 1958 (volume 2) e três em 1959(volume 3), fundiram-se os números 2 e 3 em um especial robusto sobre o "Simpósio comemorativo do 10° aniversário da descoberta da cortisona" e a comemoração do 10° aniversário da SBR. 

A diligência desses pioneiros, que fez vingar o periódico brasileiro, pode ser retratada pela disposição da Sra. Siva Bianchi. A esposa do então presidente da SBR, deforma voluntária, recebia os manuscritos aprovados pelo Professor Seda, que,salientemos, recebia verdadeiramente manuscritos - textos redigidos a mão pelo sautores. A primeira dama da SBR os editava e datilografava para que fossem publicados livres de erros. Tarefa árdua, difícil de imaginar atualmente, em época de publicadoras,em era de computadores. Há décadas a RBR foi conhecida internacionalmente por alguns como Seda´s Journal, porque nosso unânime professor estava à frente de várias funções, divulgava a produção científica da reumatologia brasileira e solicitava colaborações dos mais eminentes reumatologistas internacionais.

Bianchi e da Costa seguiram responsáveis pela revista por mais de uma década,mas, apesar do esforço, o modo amadorista não resistiria à prática comercialmente estruturada e a publicação seria interrompida no seu volume 13 (1969). A maneira sentimental pela qual se poderia contar essa história descreveria o evento como crise de adolescência que exigiria paciência, dedicação, pulso firme e tempo para sanar.Felizmente, a coragem e o empenho do Professor Edgard Atra trariam à vida novamente, em julho de 1974, o primeiro número do volume 14 e mais três edições anuais, dessa vez introduziu-se o profissionalismo mediante a contratação da Medisa Editora S.A. Com sua grande capacidade de mobilização, produziu cinco números em 1977 (volume 17) e seis a partir de 1978, como permanecem até hoje. No primeiro número de 1979 foi substituída a publicadora pela Associação Médica Brasileira e, após 10 anos de editoria, Edgard Atra foi sucedido por João Francisco Marques Neto, que assumiu com o número de outubro de 1984.

Em novembro de 2020, tornou-se Patrono da Cadeira de no 71, pela Academia de Medicina do Estado do Rio de Janeiro-ACAMERJ.
 


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