Euryclides de Jesus Zerbini




Euryclides de Jesus Zerbini

Especialidade:

Acadêmico Honorário

Cadeira: 0

Patrono:


Mini currículo:

      Euryclídes de Jesus Zerbini, nasceu em Guaratinguetá, 10 de maio de 1912 foi um médico cardiologista brasileiro. Foi o quinto médico do mundo a realizar o transplante de coração.
    Irmão do general Euryale de Jesus Zerbini. Tornou-se internacionalmente conhecido por ter realizado o primeiro transplante de coração no Brasil, sendo o 5º no mundo a fazer o transplante. Formou-se médico em 1935, especialista em cirurgia geral. Ao realizar o primeiro transplante brasileiro de coração, Zerbini e sua equipe tornaram-se reconhecidos em todo o país e no exterior. Professor da Universidade de São Paulo, criou o Centro de Ensino de Cirurgia Cardíaca, semente do futuro Instituto do Coração.
    No dia 25 de maio de 1968, tornou-se o primeiro médico brasileiro a realizar um transplante de coração, seis meses após o transplante pioneiro, realizado em dezembro de 1967 pelo cirurgião sul-africano Christian Barnard. Na noite deste dia, no centro cirúrgico do Hospital das Clínicas de São Paulo, transplantou o coração de Luis Ferreira de Barros, morto por atropelamento, para o peito do lavrador João Ferreira de Cunha, conhecido como João Boiadeiro. João viveria apenas 28 dias com seu novo coração - e Zerbini realizaria mais dois transplantes ainda nos anos 1960. Um dos transplantados, o empresário Ugo Orlandi, viveu 15 meses após a cirurgia.
      Em 1985, aos 73 anos de idade, Zerbini voltou aos transplantes cardíacos, já na fase dos medicamentos anti-rejeição, e novamente foi pioneiro - ao realizar, dia 3 de junho daquele ano, o primeiro transplante de coração num paciente portador do mal de Chagas, Manoel Amorim da Silva.Em 58 anos de carreira, realizou, junto com sua equipe, 40 mil cirurgias. Zerbini recebeu 125 títulos honoríficos e inúmeras homenagens de governos de todo o mundo. Participou de 314 congressos médicos. Realizou, pessoalmente ou através de sua equipe, mais de quarenta mil cirurgias cardíacas, trabalhando até poucos meses antes de morrer. Costumava dizer que morreria operando - e quase cumpriu esta profecia. Faleceu de câncer, aos 81 anos, no próprio hospital que criou, inaugurou e dirigiu - o Instituto do Coração (InCor) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.


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