Arthur de Sá Earp Filho
Especialidade:
Acadêmico Patrono
Cadeira: 41
Patrono: destinado a Seção de Medicina Clínica
Mini currículo:
Estas notas biográficas de Arthur de Sá Earp Filho, meu querido e saudoso pai, elevado por decisão desta ilustre Academia à patrono de uma de suas cadeiras, foram escritas numa atitude de reverente obediência, e num sentimento de sumo e profundo agrado. Que oportunidade feliz poder um filho proclamar de seu pai as virtudes excelsas que ele possuiu.
Sinto, no entanto, um certo constrangimento, permitam-me os ilustres Acadêmicos confessar. Filho como sou do patrono, apertam-me as restrições, a que me inclino reverente, dos regulamentos da casa - quando ao biografado, não apenas minutos, mas toda uma vida de louvores seria apenas uma desataviada amostra de gratidão à eternidade infindável de paternais cuidados de que, da parte dele, fui alvo.
Perdoem-me, meus ilustres pares, o esforço, que mal se disfarça no resumir o irresumível de uma vida que foi fonte de meu próprio ser, meu exemplo e meu ideal. Não apenas minutos, mas toda uma vida de louvores seria ainda apenas um dever a quem tanto valor possuiu.
Arthur de Sá Earp Filho nasceu a 13 de março de 1884, em Tebas, Leopoldina, Minas Gerais. Era o 3º filho de Arthur de Sá Earp e Ana Cecília de Olivet Sá Earp. Fez seus primeiros estudos em Sapucaia. Já em Petrópolis, a partir de 1898, aos 14 anos termina seus estudos secundários no Colégio São Vicente de Paulo dos Padres Lazaristas. Ingressa na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, doutorando-se em 1906, aos 21 anos, defendendo tese aprovada com distinção sobre "Tratamento Cirúrgico de Fístula Vésico-vaginal, sutra com fio de prata" - técnica original de Chapot-Prevost. Dirige-se imediatamente à Europa e nos anos de 1906 a 1907 faz cursos especializados de Cirurgia Geral com o Prof. Hildebrand, e de Obstetrícia com o Prof. Ernest Bumm, ambos da Universidade de Berlim.
Volta a Petrópolis em 1908 e de imediato inicia o exercício clínico.
Foi cirurgião do Hospital Santa Tereza, assistente do serviço cirúrgico de seu pai Arthur de Sá Earp. Ali permaneceu até 1911.
Em 1917, foi assistente de cirurgia do Prof. Daniel de Almeida, na Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro, tendo sido companheiro do Prof. Álvaro Ramos, no mesmo serviço que viria a ser o do Prof. Brandão Filho. Mas ali não permaneceu mais de um ano, voltando a Petrópolis em 1918.
Em 1922, funda com outros colegas a Sociedade Médica de Petrópolis, a que emprestou brilho invulgar.
Em 1923, cria o primeiro Curso de Enfermagem Obstétrica em Petrópolis, do qual foi professor durante os 3 anos consecutivos em que dirigiu a Sociedade Médica.
Foi Chefe da Maternidade do Hospital Santa Tereza, posto para o qual foi convidado e no qual faleceu em 1941, aos 57 anos de idade.
Foi vereador à Câmara Municipal de Petrópolis, em 1927. Foi fundador da Sessão de Petrópolis da União Progressista Fluminense, partido político fluminense, sob, a orientação do General Cristóvão Barcelos, em 1935. Exerceu o jornalismo. Foi literato e poeta.
Petrópolis cultua a sua memória como um dos seus grandes homens, tendo lhe dedicado duas significativas homenagens: uma praça pública no centro da cidade e uma escola municipal, ambas com o seu nome.
Ao escolher Arthur de Sá Earp Filho como patrono de uma das cadeiras da Academia a Comissão de Patronos não poderia ter sido mais feliz.
Arthur de Sá Earp Filho foi um médico luminar e um cidadão de relevo na cidade a que circunscreveu sua vida: Petrópolis, centro que honra a cultura pátria.
Com um cabedal de conhecimentos médicos e cirúrgicos adquiridos amplamente em cursos dos mais brilhantes em Berlim, em 1907, centro dos mais avançados do mundo àquela época, onde pontificavam um Roentgen em Radiologia, um Bumm em Obstetrícia, um Hildebrand em Cirurgia. Na Alemanha que contava com um Kirschner em Cirurgia, Um Virchow em Patologia, um Koch em Bacteriologia, um Schroeder em Ginecologia - Sá Earp Filho não só confirmou seu curso acadêmico, mas as bases de um extraordinário profissional, provido de uma habilidade técnica que deixou renome na classe médica.
Armado, logo depois de formado, de amplos conhecimentos médicos, cirúrgicos, obstétricos e ginecológicos, médico por instinto, por natureza e por tradição, ele ingressou na clínica com todo apuro de um técnico bem equipado a quem não faltavam os ensinamentos e os conselhos de seu pai, também notável cirurgião em Petrópolis, Arthur de Sá Earp.
Não era difícil prever o brilhantismo da cadeira liberal que abraçara. Naquela época, a medicina individualista exigia do médico uma formação, e técnicas quase enciclopédicas. Ele estava preparado para sozinho enfrentar a luta profissional. Mais ainda; ajustava-se nele um predicado de valor de alta valia: o seu espírito humanitário, espontâneo, cavalheiresco e otimista que lhe permitia encontrar abertas as portas dos lares petropolitanos, confiantes em sua honradez, probidade e dedicação.
Não lhe faltaram, no entanto, os percalços. Como acontece a todo aquele homem de valor, que luta por um lugar independente à luz do sol. Animado de uma fé cristã profunda que sempre lhe acompanhou os passos, ele jamais desmereceu a esperança e a confiança em Deus, chama viva de sua vida.
Foi obrigado, por solidariedade, logo aos primeiros anos de sua vida profissional, em função de justas divergências de seu ilustre pai com a direção do único hospital da cidade, a deixar de frequentá-lo, tendo perdido durante muitos anos a possibilidade de contar com instalações hospitalares para o exercício de sua cirurgia, para a qual com tanto amor e afinco se havia preparado. Não é difícil avaliar o que isso representava de sacrifício para os seus sonhos profissionais.
Tal fato teria uma influência poderosa no comportamento clínico que adotou, que marcou sua vida de maneira original, razão pela qual aqui o relatamos, como dado fundamental para compreender sua complexa e rica personalidade.
Sem possibilidade de instalar sua própria casa de saúde, ele parte para nova solução. Toma a iniciativa de criar ambiente cirúrgico no domicílio de seus próprios operados. Também, em seu próprio consultório. Não o atemorizou a concorrência de seus colegas mais comodamente instalados. Com material móvel de esterilização, autoclaves pequenos, e um material cirúrgico de sua propriedade, ele parte para a cirurgia domiciliar e em seu consultório. Conta com o auxílio de dois colegas amigos, conhecidos e renomados, expoentes da classe médica fluminense: Ernesto Tornaghi e Edmundo Lacerda. Ei-lo a operar: hérnias, fimoses, hidroceles, apendicites agudas, amputações, toda a cirurgia menor corrente e até outras de maior responsabilidade, como as toracotomias para pleurisias supuradas, as cistotomias de urgência, a trepanação de mastoide, as traqueostomias, etc. Isso tudo com segurança técnica aprimorada e sucesso de cura com ampla repercussão médica e social. A traumatologia lhe era familiar.
A Obstetrícia, para ele, não tinha segredos, tanto a normal como a operatória. Fazia versões internas, com indicações múltiplas, de acordo com seu mestre Ernest Bumm, notabilizado na Europa por sua maestria, que Sá Earp Filho reproduzia perfeitamente. Maneja os fórceps de Tarnier e Demelin com destreza e leveza encantadoras.
Consta dos fatos de sua atividade, nesse campo, uma cesariana feita a domicílio, em 1916, acompanhada de histerectomia imediata (no mesmo ato cirúrgico), seguida de amplo sucesso para mãe e filho. O caso foi relatado em Revista Syniátrica daquele ano, e mereceu ser citado por Fernando de Magalhães em sua memorável e clássica obra "Obstetrícia no Brasil". A indicação da cesariana, naquele caso, decorreu de uma distócia devida a cicatrizes profundas na vagina que impossibilitavam o parto. A indicação de histerectomia se fez para resolver o problema dos lóquios, ao "pós-parto", que ficariam desprovidos de eliminação devido a atresia vaginal existente.
Tais tipos de atividade prática, benéficos à toda população, valeu-lhe uma clínica numerosa, confiante e amiga.
Só mais tarde veio ele alterar sua posição, voltando às atividades hospitalares. Quando faleceu em 1941, aos 57 anos, ocupava o cargo de Chefe da Maternidade do Hospital Santa Tereza de que foi grande e dedicado amigo.
Servido de uma inteligência aguda e de grande erudição, falando correntemente o francês e o alemão, Sá Earp Filho não podia deixar de exercer uma grande influência médica e social.
Foi um dos fundadores da Sociedade Médica de Petrópolis, em 1922, hoje contando com mais de 150 sócios. Recebeu e saudou em nome da classe o Prof. Krause, ilustre neuro-cirurgião alemão que veio ao Brasil para operar o filho do Prof. Antônio Austregésilo. Em língua francesa saudou o Prof. Degerine, neurologista de renome mundial, que lhe fez uma visita de improviso em seu consultório, a titulo de conhecer um médico de uma cidade brasileira menor, trabalhando em seu consultório. Não é preciso dizer que o insigne mestre encantou-se com o que ali vira, em aparelhagem e instalações: três amplas salas e até pequeno laboratório, pelo próprio Sá Earp Filho manejado.
Ele foi um dos pioneiros dos nossos movimentos médicos de defesa de classe. Foi uni elemento ativo do Sindicato Médico de Petrópolis, de que foi um dos fundadores, tendo promovido um movimento original de fixação de tabela de honorários médicos mínimos, a vigorar entre os médicos e por eles aprovada, de modo a evitar a concorrência desleal entre eles, e desse modo barrar o aviltamento da remuneração médica. Organizou tabela própria para esse fim, que entrou em vigor com sucesso.
Militando em Petrópolis no tempo em que não havia ensino médico local, suas atividades literária médica se fez sentir mais na Sociedade Médica onde pronunciou várias conferências Vale destacar uni caso original, de grande repercussão na classe médica local. Caso raro de tétano parcial, que foi debatido com veemência contra outro colega, em questão de diagnóstico diferencial. Tal caso terminou com a cura do doente de modo conclusivo, na confirmação de seu diagnóstico.
Publicou vários trabalhos médicos de cunho científico, sendo colaborador de Brasil Médico, de Azevedo Sodré, e da Revista Syniátrica Entre eles citamos: "Cura das Cervicites pelo Cáustico Filhos"; um caso de distócia, trabalho de parto, oclusão vaginal por cicatrizes profundas, "Histerectomia" e vários outros.
Miguel Couto, o reconhecido e grande mestre e orgulho da medicina pátria, tinha de meu pai o mais alto conceito. Disse dele uma palavra que peço Vênia para relatar. Sá Earp Filho, disse Miguel Couto, - servindo-se de uma figura de retórica que não diminuía Petrópolis, nos seus valores de cidade culta e progressista, mas que a situava é claro, na sua posição relativa a centros maiores como o Rio, onde clinicava o grande mestre - "Sá Earp: em uma cidade serrana os homens não podem ascender a grandes alturas; suas asas esbarram nos morros. No Rio, sem dúvida, você seria dos maiores, tal como o é em sua cidade".
Sá Earp preocupou-se sempre com seu aprimoramento. Em 1926, reimpulsiona os seus conhecimentos de um modo mais específico. Retorna à Europa, acompanhado de outro notável cirurgião Dr. Abel Guimarães Porto, e frequenta os Serviços Cirúrgicos de Victor Pauchet e de Urologia de Fey. Sua carreira médica foi brilhante.
Escolhendo-o para um de seus patronos, a Academia não elegeu apenas um grande médico, mas homenageou, também, um grande cidadão e uma grande figura humana.
Criatura de sensibilidade apurada, delicado de sentimentos e de nobreza de coração, ele também era uru espírito culto, inteligente e empreendedor.
Foi fundador da Academia de Ciências e Letras de Petrópolis, ocupando a cadeira que leva o nome de seu pai, Arthur de Sá Earp.
Peço licença para transcrever um de seus sonetos que marcam sua veia de fino e delicado poeta, dedicado a sua esposa, minha querida mãe, Arabela Silva de Sá Earp.
Prece
Que lindos são, assim quando descansas,
Esses teus olhos divinais, rasgados,
Iluminando os feixes ondeados
Dos castanhos anéis de tuas tranças.
Berços gentis de sonhos e esperanças,
Astros na face pura encastoados
Eles encerram bem-aventuranças
Teus olhos bons, ternos, aveludados.
Quando eu morrer e os meus quase não vejam,
Vendo somente a doce luz dos teus
Fita-os em mim. Eu quero que eles sejam
Como se fossem eternamente meus...
Olhos que os olhos meus sempre desejam
Meu sacrário de amor aos pés de Deus.
Homem de envergadura imprimiu no meio social de Petrópolis o influxo de sua personalidade marcante. Foi o fundador, em 1922, de uma admirável organização social, o maior e mais prestigioso clube social da cidade, o Petropolitano Futebol Clube, sede dos encontros da sociedade brasileira em Petrópolis. O nome de Sá Earp Filho é ali cultivado de maneira peculiar.
Militou na política, como não podia deixar de ser. Filho de Arthur de Sá Earp, ex-deputado, ex-prefeito da cidade, Sá Earp Filho ingressou na atividade cívica, num movimento destinado a mudar a situação pública municipal que se eternizava no podei com prejuízos para a cidade. Ele foi um idealista.
Em 1927 é o vereador mais votado e exerce seu mandato com brilhantismo e dedicação. Promove várias medidas legais para melhorar as condições de higiene e saúde pública petropolitanas. Funda mais tarde a União Progressista Fluminense, e a União Petropolitana, em 1934 e 1937. Depois afasta-se da política.
Na Imprensa, Sá Earp Filho foi colaborador ativo e combativo. Estimava versejar na "coluna social", onde se apresentava com versos jocosos e de espírito. Entre os muitos sonetos que escreveu, destacamos um em que transparece o espírito do médico-poeta que o ditou. Era o tempo, em 1909, em que médicos e farmacêuticos trabalhavam juntos. Daí a intimidade e a liberdade de trato. Assim ele brinca com um de seus melhores amigos.
Perfis (2°)
Sempre a cavar a vida alegremente
Por entre xaropadas e poções
Empurra no freguês constantemente
Supositórios, drogas aos milhões.
Medicamentos tem p´ra caminhões
E, num momento, cura dor de dentes.
Atualmente faz cogitações
Para arranjar fortuna de repente.
Sobre o nariz enorme, colossal
Sustenta um pince-nez o dia inteiro
E no seu ar solene original,
Há de rasgar-se um gargalhar brejeiro
Quando apontar aos olhos do Monteiro
seu perfil impresso no jornal.
(Lucas, pseudônimo)
É de sua lavra uma das mais belas páginas jornalísticas escritas por um filho em apoio a seu pai vítima de pertinaz e maldosa campanha pessoal, envolvendo sua fama. Pena não poder transcrevê-la e lê-la nesse instante, dada sua extensão.
Sá Earp Filho foi um homem de fé, ardoroso terceiro franciscano que jamais faltou a seus deveres religiosos.
Sem qualquer reserva, sabia unir à mais estrita ciência a mais arraigada confiança em Deus, distinguindo com visão larga e sabendo adequar, na vida especulativa e na vida prática, a mais exigente consciência religiosa à mais fiel consciência racional e científica. Sabia até onde ia o poder da ciência e onde ir buscar os auxílios da Divina Providência, quando se tratava de cuidar de seus enfermos, aos quais se dedicava sempre de coração e alma.
Lembro-me de uma publicação que fez num dos jornais da cidade, agradecendo a intercessão de Frei Rogério, seu amigo já então falecido, na obtenção da graça da cura de uma de suas doentes, detentora de gravíssima infecção puerperal, complicada por peritonite aguda, determinada por um incidente de perfuração de útero por uma cureta de Braun. Em fase em que os anti-infecciosos eram quase inoperantes, era pré-antibiótica, quando, no caso, se discutia a indicação de urgência de uma histerectomia, ele opta pelo tratamento clínico, contra a opinião de outros colegas. Pessoalmente assume toda a responsabilidade do caso, e a domicílio cuida do caso, como médico e como enfermeiro. Sua doente se salva. El agradece de público a Deus, pela imprensa, quando o que era comum à época, era a família agradecer pela imprensa ao médico; a quem sozinho, toda a glória era atribuída.
Meu pai era assim: franco, leal, destemido, humilde, porém magnânimo, justo e grato. Não fazia caso do ridículo que a opinião divergente de outros quisesse imputar-lhe. O que importava era a verdade.
Era um homem de formação integral que tinha como centro de sua vida uma fé ardente, em Deus, Cristo Jesus. Toda sua vida profissional, familiar, política, vibrava por um só padrão de moralidade e de perfeição cristã. Foi exemplar esposo e extraordinário pai.
Aos 54 anos, três anos antes de seu falecimento, escreve as seguintes frases, que são um poema de fé e amor cristão, compostas na Casa de Retiros Espirituais da Gávea, frente à janela aberta de seu quarto de retirante, ao ver distendidos, ao longe, distantes, o infinito azul do céu e do oceano, no harmonioso quadro, do majestoso cenário das montanhas da Gávea belíssima, uma grande cruz que ele assim descreve:
Do Meu Quarto
D´esta janela vejo-te, Jesus,
No imenso mar que além se descortina.
Sinto-Te na floresta que a retina
Satura, e o coração a Ti conduz.
Ouço-Te n´esse céu de que És a Luz
E n´ele está que a tudo mais domina,
- Amor de Deus, beleza peregrina -
Enorme, linda, rutilante cruz.
Seus braços se projetam no infinito.
Vejo-os cruzados sobre mim, contrito,
De norte a sul de oeste a leste vão...
Bendita cruz, - ó cruz maravilhosa,
Jamais te vi assim tão caridosa!
...................................................
No centro d´ela está meu coração.
Foi com esse homem admirável que fiz a formação de minha alma. Como lhe sou grato!
Tal foi meu Pai em rápidas e ligeiras palavras. Como sou agradecido por trazer-lhe o nome e como sou feliz em ter procurado seguir os seus ensinamentos.
Sou gratíssimo a essa Academia por ter escolhido para patrono de uma de suas cadeiras o nome de Arthur de Sá Earp Filho. Mas, permitam-me que o diga, ela se enriqueceu com o seu patrocínio.
Penso ter, com modéstia, cumprido o meu dever, trazendo à casa suas notas biográficas. Que ele me perdoe o desmerecimento de minhas palavras, que estão longe do apreço, do carinho, do respeito, do amor e gratidão que lhe devoto. Mas vale a boa intenção.
Biografia escrita pelo Acadêmico Nelson de Sá Earp.