Paulo de Mattos Rudge
Especialidade:
Acadêmico Patrono
Cadeira: 12
Mini currículo:
Casou-se aos 23 anos de idade com
Marieta Vilarinho Cardoso em 22/10/1912 tendo tido três filhos: Oscar Cardoso
Rudge - Médico Ortopedista (falecido), dá o nome a Clínica Traumato-Ortopédica
fundada em 1941 e localizada no Bairro Humaitá na Cidade do Rio de Janeiro;
Carlos Cardoso Rudge - Médico Urologista, Professor Universitário (falecido); e
Mário Cardoso Rudge - Arquiteto, residindo na Cidade do Rio de Janeiro.
Retornando a Petrópolis, exerceu principalmente atividade de Pediatra, e no de
1919 fundou, em parceria com Arthur Fonseca da Cruz e Guilherme Pinto Nunes, o
Instituto de Proteção e Assistência à Infância de Petrópolis. Foi seu
Presidente, sempre muito dedicado ao problema da infância petropolitana.
Em 1926 o Instituto adquiriu um terreno
a Rua Washington Luiz e construiu um amplo prédio, prestando relevantes
serviços às crianças petropolitanas por vários anos, mas hoje lamentavelmente,
extinto. Começou no ano de 1921 a trabalhar como Médico da Companhia
Petropolitana de Fiação e Tecelagem, por fim desenvolveu um serviço de
penetração social entre os funcionários, criando o Departamento de Serviços
Sociais no ano de 1942. Nesse ínterim, também foi Médico da Fábrica Cometa.
Respeitado e de espírito associativo, apreciador de literatura, juntou-se ao
grupo de jovens fundadores da Associação Petropolitana de Ciências e Letras no
ano de 1922. Junto com seu irmão Alfredo de Mattos Rudge participou da 2ª. Reunião
que aprovou os Estatutos e passando a frequentar a entidade.
Foi 2º Secretário da 6ª Diretoria com o
Presidente Rafael Mayrinck no ano de 1927. Quando da transformação da
Associação em Academia Petropolitana de Letras, com Nair de Teffé, seguida de Alcindo
Sodré que definiu o número de 40 cadeiras com patronos fixos, Paulo de Mattos
Rudge ocupou a cadeira nº 35, escolhendo seu Patrono Visconde de Taunay. Em
1923 participa da fundação da Sociedade Médica de Petrópolis. Foi Secretário
por três mandatos consecutivos (1936 - 1937 - 1938) e o 8º Presidente dessa
Sociedade, cuja posse solene havia o representante pessoal do Presidente da
República e a presença do próprio Prefeito de Petrópolis, Cardoso de Miranda.
As primeiras reuniões da Sociedade
Médica de Petrópolis foram realizadas nas dependências físicas do Instituto de
Proteção e Assistência à Infância de Petrópolis, tendo havido 23 palestras e a
2ª Jornada Médica do Estado do Rio de Janeiro, quando ele apresentou seu
trabalho sobre O Problema da Infância em Petrópolis. Em sua gestão,
apresentaram-se Professores como Dr. Armínio Fraga Calazans Luz, Hélio Póvoa,
Mirandolino Caldas e Leonídio Ribeiro. Em 1934 integrou o grupo de fundação do
Sindicato Médico de Petrópolis, tendo feito parte de sua Diretoria por várias
vezes.
Também fez parte da fundação do
Instituto Histórico de Petrópolis em 1938, sendo na oportunidade eleita uma
diretoria provisória constituída, além de Paulo de Mattos Rudge, por Henrique
Carneiro Leão Teixeira Filho, Walter João Bretz e secretariada por Alcindo
Sodré.
Biografia escrita pelo Acadêmico Titular Ronaldo Victer da Cadeira 12.
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É com real prazer que neste instante passo a ler os dados biográficos do Patrono da Cadeira número 12 - PAULO MATTOS RUDGE. Antes, porém, nossas primeiras palavras são de agradecimento à Comissão que escolheu nosso nome para figurar nesta Academia, ao lado de renomados professores e de outros também distintos colegas de cujo convívio nos orgulhamos. Desde antes de Cristo, na Antiga Grécia, Platão nos Jardins de Academus-daí a origem da palavra Academia, promovia reuniões com pessoas de cultura, com o objetivo primordial de perpetuar obras de filósofos, pensadores, etc., dentre este Sócrates, a fim de que não perdesse a imensa cultura da época. Porém a filosofia da Academia vem de Confúcio que em seu leito de morte, solicitado por seus seguidores e amigos recomendava "Dar honras às gerações passadas, trocar honras com as gerações presentes e aguardar "honras das gerações futuras".
E assim senhores Acadêmicos aqui
estamos para prestar honras à geração passada, geração que teve PAULO DE MATTOS
RUDGE como um baluarte de pediatria, um líder de classe, um amante das artes e
da cultura. Nasceu nosso Patrono na Cidade do Rio de Janeiro em 1º de setembro
de 1889, filho de José Rudge e Doliska Mattos Rudge. Concluiu o curso Médico
em 1918, pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, e transferiu-se logo a
seguir para Petrópolis, dedicando-se à Clínica Médica e Pediatria, especialidade
que desempenhou com sabedoria, dedicação, e carinho. No anos seguinte, em 1919,
fundava, com Arthur Fonseca da Cruz e Guilherme Pinto Nunes, o Instituto de Proteção
e Assistência à Infância de Petrópolis, que dirigiu por alguns anos, e ao qual
dedicou especial carinho. Em 1926 adquiriu, terreno e construiu uma nova sede
mais condigna desta entidade. Foi admitido em 1921 como Médico da Companhia
Petropolitana de Fiação e Tecelagem e da Fábrica Cometa, onde, na primeira,
desenvolveu uma grande ação social, entre seus funcionários, tendo criado em
1942 o Departamento de Serviços Sociais.
Em 1923 funda com outros colegas a até
hoje atuante e valorosa Sociedade Médica de Petrópolis, e foi seu secretário e
presidente em três períodos de mandatos seguidos em 1936, 1937 e 1938. Foi fundador
em 1934 do sindicato Médico de Petrópolis, tendo feito parte da sua diretoria
por várias vezes.
Fundador do Instituto Histórico de
Petrópolis foi seu Vice-Presidente, e nesta mesma época foi admitido como
membro da Academia Petropolitana de Letras. PAULO RUDGE casou-se com a D.
Marieta Rudge que lhe deu tais filhos Oscar e Carlos, Médicos e Mário,
Engenheiro. Faleceu aos 57 anos na Cidade de Petrópolis. Conviveram com o mesmo
e tem dele saudades os Acadêmicos Petropolitanos Germano Brasiliense Bretz,
Jorge Ferreira Machado e Nelson Sá Earp. PAULO RUDGE representa, assim,
expressão luminosa da Medicina, realizada em área afastada da Metrópole, mas,
cuja plenitude de ação, fez com que tivesse seu nome perpetuado na Memória dos
que dele receberam as suas beneméritas atividades. Mas, além disto, soube o
nosso Patrono fazer-se grandeza humanitária, elevada e hipocrática de exercer a
Medicina.
Biografia escrita pelo Acadêmico Edson Gualberto Pereira.